É um procedimento que utiliza laser para corrigir o grau dos óculos, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.

O objetivo é remodelar a córnea para que a luz seja corretamente focada na retina, proporcionando uma visão clara sem a necessidade de óculos ou lentes de contato.

A cirurgia é indicada para pessoas com idade mínima de 18 anos, que tenham grau estável por pelo menos 12 meses, córneas saudáveis e erros refrativos dentro dos limites recomendados.

Condições como ceratocone, doenças oculares ou autoimunes e gravidez podem impedir a realização da cirurgia.

A cirurgia refrativa é realizada com o uso do Excimer Laser, e existem várias técnicas, como:
• LASIK: Cria-se um flap na córnea para aplicar o laser.
• PRK: A camada mais superficial da córnea (epitélio) é removida antes da aplicação do laser.
• SMILE: Um pequeno disco de tecido é retirado da córnea para remodelá-la.

O procedimento dura poucos minutos e é indolor, pois o paciente recebe anestesia local com colírio.

A cirurgia não causa dor, pois é realizada sob anestesia local (colírios anestésicos).

Durante o procedimento, pode-se sentir uma leve pressão nos olhos, mas sem dor.

Após a cirurgia, pode haver algum desconforto, como olhos secos ou sensação de areia nos olhos; contudo, isso é temporário e pode ser aliviado com colírios.

A recuperação é rápida e depende da técnica utilizada:
• LASIK: Recuperação rápida, com melhora significativa da visão em 24 a 48 horas.
• PRK: A recuperação é mais lenta, podendo demorar algumas semanas para que a visão se estabilize completamente.
• SMILE: Recuperação também rápida, semelhante ao LASIK.

Uma cirurgia refrativa bem-sucedida é aquela que proporciona independência e liberdade dos óculos nas principais atividades do dia a dia, e a vasta maioria dos pacientes submetidos à correção do grau fica plenamente satisfeita.

Mesmo assim, é normal e esperado o uso eventual de um grau leve para atividades como leitura prolongada ou direção noturna.

Portanto, não é garantido que todos os casos fiquem totalmente sem grau

Normalmente, o paciente permanece livre dos óculos por anos ou até décadas, o que gera grande satisfação.

Embora não seja comum, o grau pode retornar em alguns casos (regressão). Se a espessura e saúde da córnea permitirem, pode ser indicado um retratamento.

É essencial conversar com seu oftalmologista para entender suas chances pessoais e as opções de correção caso isso ocorra.

Fatores que podem influenciar o retorno do grau:
• Grau elevado antes da cirurgia: Pacientes com grau elevado antes da cirurgia têm maior probabilidade de algum grau residual ou regressão.
• Idade: Em pessoas mais jovens, os olhos ainda podem mudar, o que aumenta a chance de regressão ao longo do tempo. Em pacientes acima dos 40 anos, pode ocorrer presbiopia (vista cansada), exigindo óculos para leitura.
• Técnica utilizada: A escolha da técnica correta, baseada no grau e nos exames pré-operatórios, é essencial para reduzir o risco de regressão.
• Grau instável antes da cirurgia: Se o grau não estava estável, há maior chance de algum grau reaparecer ao longo do tempo, pois o erro refrativo estava em progressão.

Sim, a cirurgia refrativa é considerada segura e possui uma alta taxa de sucesso.

A Correção Visual a Laser surgiu há mais de 30 anos, e os avanços na tecnologia do Excimer Laser e no conhecimento científico ao longo desse período tornaram essa cirurgia uma das opções mais seguras e bem-sucedidas para a correção visual.

A cirurgia refrativa, como qualquer procedimento, envolve alguns riscos, mas a boa notícia é que a maioria deles é leve, temporária e tratável.

É importante que o paciente esteja ciente dos riscos antes da cirurgia, mesmo que a ocorrência seja rara.

Aqui estão os principais:
• Olhos secos temporários: Comuns nos primeiros meses após a cirurgia, geralmente resolvidos com colírios lubrificantes.
• Halos, brilhos ou sensibilidade à luz: Mais frequentes à noite e nos primeiros meses, e costumam melhorar com o tempo.
• Regressão refrativa: Retorno parcial do grau, especialmente para quem tinha um grau muito alto antes da cirurgia. Pode ser necessário usar óculos novamente ou realizar um retoque cirúrgico.
• Infecções e inflamações: casos são raros e controláveis quando detectados cedo com uso de colírios antibióticos ou anti-inflamatórios.
• Complicações no flap: No LASIK, é criado um “flap” na córnea, e podem ocorrer problemas com esse flap, como deslocamento, cicatrização inadequada ou infecção, mas são raros e tratáveis.
• Ceratocone induzido: a cirurgia pode enfraquecer a córnea levando a uma condição semelhante ao ceratocone chamada Ectasia pós-LASIK, onde a córnea se deforma com o tempo. Os exame realizados no pré-operatório são essenciais para contraindicar a cirurgia em pacientes predispostos.
• Problemas de cicatrização: No caso do PRK, que remove a camada superficial da córnea, pode haver um período de cicatrização mais longo, com maior desconforto nos primeiros dias e um risco maior de opacidade corneana (haze).

Seguir as orientações médicas antes e depois da cirurgia é essencial para minimizar esses riscos.

O valor da cirurgia para corrigir a visão e eliminar o uso de óculos varia de acordo com a cidade, a técnica escolhida, a complexidade do caso, as taxas de uso do laser e o cirurgião.

Em geral, o custo fica entre R$ 3.000 e R$ 10.000 por olho.

Esse investimento pode representar uma economia ao longo dos anos, especialmente se comparado aos gastos com armações, lentes de óculos, lentes de contato e soluções de limpeza.

Ao decidir sobre a cirurgia, vista por muitos como “uma das escolhas mais importantes da vida”, é importante considerar o seguinte:

• O preço se refere ao custo imediato da cirurgia, mas o valor está nos benefícios duradouros que ela pode oferecer.

• Um procedimento feito com tecnologia avançada e por um cirurgião experiente pode ter um valor especial por trazer melhores resultados e mais segurança.

Por isso, ao avaliar a cirurgia refrativa, leve em conta não apenas o preço, mas também o valor que ela pode agregar à sua qualidade de vida a longo prazo.

Sim, o convênio pode cobrir a cirurgia refrativa para miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Os graus cobertos pelo convênio são:
• Miopia entre -5 e -10 graus, com ou sem astigmatismo associado de até -4 graus;
• Hipermetropia até +6 graus, com ou sem astigmatismo associado de até -4 graus.

Além disso, é necessário que o paciente:
• Tenha mais de 18 anos;
• Apresente grau estável há pelo menos 1 ano.

Essas condições são estabelecidas pelas Diretrizes de Utilização (DUT) da Agência Nacional de Saúde (ANS).

A dilatação da pupila é feita apenas no dia do exame oftalmológico pré-operatório, para verificar o grau exato e avaliar as estruturas internas dos olhos, como o nervo óptico e a retina.

No dia do exame da córnea (Pentacam) e no dia da cirurgia, não é necessário dilatar as pupilas.

É um tomógrafo que usa a tecnologia de Scheimpflug para fazer uma análise tridimensional detalhada da córnea.

Esse exame é essencial na avaliação pré-operatória para quem vai fazer cirurgia refrativa (LASIK, PRK), pois ajuda a verificar a saúde e a espessura da córnea, garantindo segurança no procedimento e reduzindo os riscos de complicações.